terça-feira, 26 de abril de 2011

Volta ao trabalho

Hoje foi meu primeiro dia, pra valer, de trabalho. Deixei Ana com minha mãe e fui trabalhar. Foi tudo tranquilo. Não fiquei ansiosa, nem morrendo de saudade. Ainda bem que peguei turmas tranquilas, tanto a tarde, como a noite. No meio da primeira aula, meu telefone tocou, era da casa da minha mãe. Desliguei, porque não atendo telefone no meio da aula. Enquanto os alunos faziam uma atividade, saí da sala e fui correndo ligar pra casa. Meu irmão atendeu, dizendo que minha mãe tinha dado uma saída e a Ana tinha enchido a fralda, ele não sabia o que fazer. A minha vontade imediata era largar tudo e ir pra casa trocá-la. Mas mantive a calma e fui explicando-o o que fazer pelo telefone. Depois, soube que minha mãe chegou na hora em que ele tentava pôr a fralda. Segundo ele, foi uma prova de fogo...hehehe
Cheguei em casa, às 21:30 e ela estava acordada me esperando, se jogou no meu colo pra mamar e depois dormiu.
Acho que não senti tanta falta dela em ir trabalhar, porque só trabalho duas vezes na semana e ainda fico a manhã com ela. Além disso, sei que ela está sendo muito bem cuidada.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

"O" engasgo

Ana já engasgou várias vezes. Ela engasga e eu fico olhando pra ela, esperando a desengasgar, já até acostumei. Porém, ontem fiz uma comidinha onde piquei beterraba em pedaços bem pequenos, mas não deixei cozinhar bem, ela ficou meio durinha. Dei no almoço e ela engasgou umas três vezes, mas desengasgou logo. Ficamos o dia todo fora, chegamos tarde e eu fui logo esquentar a janta. Ela estava comendo bem quando engasgou feio com um pedaço de beterraba e não conseguia desengasgar, fazia vômito e nada. A minha primeira vontade era enfiar o dedo na guela pra tirar, mas lembrei que isso é arriscado. Então, tirei da cadeirinha desesperada, coloquei-a deitada de bruços no meu colo, com a cabeça mais baixa e dei socos entre a costela. Ela parecia uma boneca no meu colo, Antonio ficou apavorado. Mas ela desengasgou. O estranho foi que ela não chorou e nem mostrou desespero, simplesmente ficou normal. Babava muito, quase tive um troço. Enquanto ela estava engasgada, Antonio procurava o telefone do pediatra e não achou. Isso serviu de alerta para deixarmos telefones de emergência pendurados pela casa.
Como eu aprendi a desengasgar:
Semana passada, assistia o programa Bem estar, onde uma pediatra demonstrava como desengasgar um bebê. Lembrei na hora e deu certo. Coisa de Deus.
Depois do engasgo, é claro que não dei o restante da comida. Fiz um mamadeirão de Nestogeno e Mucilon, ela mamou e dormiu. Ufa!
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Agradeço o carinho das mamães- amigas pelas palavras de força no meu momento deprê (que não acabou, mas estou bem melhor)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tristeza

Ultimamente, tenho passado por várias provas de fogo. Com tudo desabando, tenho que resolver sozinha com um bebê no colo. Isso tem me dado uma tristeza...Sinto-me só, quer dizer, só eu e a Ana. Mas eu tenho que segurar as pontas. Um dia desses, eu desabei, chorei de soluçar e ela ficou olhando pra mim, sem entender o que estava acontecendo. Senti-me péssima de mostrar essa fragilidade pra ela. Porque afinal de contas, só ela é quem pode chorar por aqui e eu tenho que estar firme para consolá-la.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sobre os mitos de ser mãe


Sempre ouço vários comentários sobre as características das mães, principalmente as de primeira viagem. Mas não me encaixo em muitas delas. Às vezes chego a pensar se não tem algo errado comigo.
Choro até hoje ao ver ou ler sobre o nascimento de um bebê. Esperava que quando chegasse a minha vez ia me debulhar em lágrimas ao ver a minha cria. Mas nada disso aconteceu. Fiquei estatelada, sem nem um pingo de vontade de chorar quando a vi pela primeira vez. E confesso que pensei: "poxa, que bebê feio". A minha ficha ainda não caiu por completo. Tem hora que olho pra ela e tenho momentos de 'ficha caída', fico pensando: "Caramba, essa é a minha filha que eu sempre sonhei". O meu amor por ela cresce a cada dia, mas não surgiu imenso quando ela nasceu.
Dizem que mãe quase morre ao ver o filho tomar vacina. Não tenho problema com isso, levo-a e olho numa boa, não fico com pena quando ela chora por causa da picada da vacina. Tenho mais dó quando alguém a pega no colo e ela não quer, quer dormir ou quer voltar para o meu colo. Isso sim me parte o coração.
Achava que não suportaria vê-la se machucar (acho que ainda acho), mas as vezes em que ela cai, algumas até com sangue, eu consigo manter a calma, ficar tranquila. Se o tombo é de leve, eu olho pra ela e digo que não se preocupe, que é só se levantar de novo. Ela já até se acostumou a não chorar por qualquer tombinho. Agora, quando o tombo é mais feio, como bater com a cabeça em algum lugar ou cair de mal jeito, eu a pego em silêncio no colo, sem demonstrar desespero, e a acalento. Nunca imaginei que conseguiria.
Não tenho mania de esterelizar tudo, não deixá-la no vento, não deixá-la engatinhar no chão duro e limpar toda hora um brinquedo que cai no chão ( o pai se desespera por causa disso).
Também não sou possessiva com ela, deixo os amigos a pegarem no colo, brincar com ela. Sou tão permissiva que agora estou restringindo mais, até o dia em que deram 'guaraná natural' pra ela beber sem a minha permissão.
Aliás, o que eu sou chata é em relação ao que ela come. Os mais velhos tem mania de querer dar tudo que estão comendo pra ela beliscar. Não gosto que passem por cima de uma exigência minha em relação a educação da minha filha. Se eu sou a mãe, tem que perguntar a mim e respeitar a minha decisão.
Apesar de ser mãe de primeira viagem, não me considero com excesso de cuidados, deixo-a a vontade pra engatinhar pela casa toda (sob a minha supervisão, dependendo do cômodo), não me desespero se ela põe a mão no chão e depois na boca.
Não sofri ao deixá-la com minha mãe no primeiro dia de trabalho. Talvez por não trabalhar todo dia, não sei.
Mas tenho o lado deslumbrada também. Vibro para cada novidade no desenvolvimento dela, como se fosse o único ser da Terra que sabe bater palma, dar tchau ou ficar de pé.
Estou longe de ser perfeita e nem tenho a pretensão de ser um super mãe. O que acho que nem é tão bom para um filho ter uma super mãe. Luto pra ser uma mãe feliz, equilibrada e segura para criar da mesma forma a minha filha.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Primeira aula de natação

Hoje, Ana começou na natação. Eu estava mais ansiosa que ela. Achei que ela iria chorar muito, mas foi tranquilo. Ela chorou no início, mas depois foi se acostumando. A aula foi de adaptação, pra ela se familiarizar (ou relembrar) com a água. Ela ficou com a professora, mas as aulas são com os bebês no colo das mães. Como eu não sabia que eu entraria na piscina com ela, não fui preparada. Mas acho que foi bom a primeira aula ter sido com a professora. Ela conduziu exatamente como teria que ser e a Ana ficou numa boa com ela. Acho que eu ficaria com muito 'quequequé' quando ela chorasse e isso não seria bom.
Chegou em casa, tomou banho e capotou por 30 minutos. Essa vida de atleta é muito dura.
Acho que no futuro haverá uma campeã a altura de Cesar Ciello, quiçá melhor. (papo de mãe babona)
Vamos às fotos:

quinta-feira, 14 de abril de 2011

E o mundo virou de cabeça pra baixo

Tenho tanto o que relatar que nem sei por onde começar. Pensei até em não escrever sobre isso, mas tudo faz parte da vida, da vida da Ana.
Consegui marcar um horário com uma pediatra em Niterói (cidade vizinha). Lá fui eu, SOZINHA com a Ana de carro. Foi a primeira vez que fomos de carro sozinhas para outra cidade. Foi tudo tranquilo.
Gostei muito da pediatra. Ela pediu uma porção de exames para investigar as possibilidades do pouco ganho de peso e altura da Ana. Segundo ela, com o peso que a Ana nasceu (3700g), ela está abaixo do peso pra idade dela. Mas que isso pode ser vááárias coisas. Então, não custa investigar. Gostei dela e acho que continuarei levando a Ana.
Depois da consulta, encontrei com o Antonio na saída do trabalho e viemos para casa. À noite, lembrei que tinha esquecido a pasta com vários documentos, receita e pedidos de exames numa farmácia. No dia seguinte, voltei ao shopping onde ficava a farmácia. Minha casa estava sem água, então, não me preocupei em voltar cedo pra casa.
Voltamos no final da tarde, pegamos um temporal na estrada. Quando chegamos, a casa não tinha luz, água, nem telefone.
No dia seguinte, a luz tinha voltado, mas a falta de água e do telefone continuaram. Pra completar, meu carro pifou, não ligava de jeito nenhum. Tive que chamar o reboque.
Pra completar tudo isso, no dia seguinte (segunda-feira), eu voltaria a trabalhar. Ou seja, não tinha como ir para o Rio de ônibus com Ana e as bagagens. Meus pais tiveram que me socorrer e vieram me buscar de taxi, o que saiu muito caro.
Pra completar mais ainda, fui trabalhar no dia seguinte, mas voltei pra casa porque iniciou-se a semana de provas e não tinha o que eu fazer lá, já que nem conheço as turmas.
Hoje, Ana foi na última consulta com o pediatra dela, porque eu precisava do atestado pra natação. Ele continua dizendo que ela quase não ganha peso e nem cresce, mas que está muito bem e não tem com o que se preocupar. O interessante foi que, quando o médico a deitou para lhe examinar, ela fez beicinho pra chorar, pois sabia o que ele ia fazer. Na verdade, ela passou em uma semana, por três médicos e por isso ficou assim.
Ela está muito esperta. Agora que aprendeu a dar tchau, dá tchau até para a água do chuveiro depois do banho. Caminha de lado se apoiando nas coisas e balbucia algumas sílabas. Há três dias, voltou a dormir a noite toda. E agora, dormirá sozinha no seu quarto, mesmo contra a vontade do papai.
Depois de todas essas coisas acontecendo, chegamos a uma conclusão e decisão, só falta executá-la. A prioridade na família (Eu, Antonio e Ana) é a Ana. Então, algumas coisas vão mudar por aqui. Mas depois que se concretizar, eu conto.

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Agradeço muito o carinho das mamães pela indicação de pediatras. Estão todos anotados, caso eu precise. Fiquei muito feliz de ver o interesse de me ajudarem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Procura-se um (a) pediatra

A luta em busca desse profissional continua...
Ana está resfriada, nariz escorrendo e tosse encatarrada desde domingo. Como ela já teve isso e o pediatra do Rio orientou o que tinha que fazer, fiz o mesmo, mas não deu certo. Ontem, conversando com minha amiga ela me alertou a levá-la ao médico o mais rápido possivel, devido ao tempo que ela está assim. O pediatra da Ana não tinha horário, mandou recado do que tinha que fazer pela secretária. Como ele não a viu, não tinha como avaliar por completo. Lá fui eu à caça de um pediatra.
Parei em um consultório lotado, fiquei 5 HORAS esperando ser atendida. Não gostei, a espera foi muito longa e não bateu.
Ana fez um raio X que será avaliado amanhã pela médica e está sendo medicada.
Estou em crise com isso. O pediatra da Ana me dá a praticidade pra pegar a declaração de amamentação que preciso pra continuar na minha licença, por isso não a deixo de levar. Mas preciso de um outro médico pra chamar de 'o (a) pediatra da Ana'. Preferências?
-Que seja excelente profissional com vasta experiência em todas as enfermidades possíveis em crianças.
- Simpático e educado
- Que deixe disponível pelo menos 3 números de telefone, mais e-mail, facebook, twitter, sinais de fumaça...
- Que atenda telefone e responda e-mails, mesmo nas horas mais complicadas
- Que a consulta dure, no mínimo, vinte minutos.
- Que tenha paciência de ouvir e explicar todas as minhas dúvidas
- Que a sala de espera seja um lugar arejado, limpo e que não lote de gente
- Que sejamos atendidas britanicamente na hora marcada
- Que tenha o plano de saúde da Ana
Quero deixar bem claro que esses pediatras pelo qual a Ana já passou não são maus profissionais, são competentes. Porém, não houve identificação por algum motivo.
Se alguém conhecer esse profissional, por favor, avise-me.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Essa coisa de mãe e filha

A minha relação com a Ana está cada vez mais estreita. Sabe aquela coisa "carne e unha, alma gêmea, a metade da laranja..."? Pois é. Quando não estou com ela, sinto como se faltasse um membro do meu corpo e até as pessoas perguntam: Cadê o bebê?
Ficamos o dia todo juntas. Acordo e durmo com ela.
Acordamos, eu a encho de beijinhos dando bom dia; a ponho na cadeira de alimentação e vou preparar seu suco; dou 'as balinhas' da homeopatia e depois o suco. Enquanto preparo meu café, ela assiste desenhos. Depois, fica livre pra brincar no chão da sala, enquanto eu preparo o almoço. Almoçamos e ela tira um cochilo, enquanto eu descanso e lavo a louça. À tarde, tento arrumar a casa e Ana brinca na sala. Sentamos no chão e ela toma seu lanche. Depois, tira uma soneca, enquanto eu faço a janta, preparo o banho, tomo o meu banho e lavo algumas roupas. Depois que acorda, Ana toma banho e janta. Dependendo do dia, nos arrumamos pra irmos à igreja, senão, ficamos em casa esperando dar a hora da moça dormir.
Quando saio de carro, lá vai Ana na cadeirinha no banco de trás. À pé, ela vai agarradinha no sling.
Não consigo e nem sei viver mais sem a Ana.
Os olhares de amor que trocamos a cada mamada; os abraços que ela me dá quando alguém tenta pegá-la no colo, o rostinho que se esconde no meu peito quando está com vergonha...
É indescritível o sentimento que passa nessa coisa de mãe e filha.

Aproveito pra pedir as minhas cinco fiéis leitoras que votem nessa foto lá na promoção das Fraldas Kisses. Segue o link
http://amordemaekisses.com.br/index.php?id=97#/votar

sexta-feira, 1 de abril de 2011

9 meses

Ana faz nove meses hoje. Quando eu via um bebê de nove, dez meses, achava que faltaria muito pra chegarmos até aqui. Mas foi ontem que a Ana nasceu e cá estamos, nove meses. Dá medo essa correria do tempo, dá muito medo.
Vamos ao perfil da moça:
Peso: Não faço idéia. A última vez que foi pesada estava com 7450 g. Não ponho mais expectativa no ganho de peso. Vamos esperar a próxima consulta.
Altura: Mais que 68 cm
Shampoo e condicionador: Boti, do Boticário
Sabonete: Líquido da Granado
Loção pós banho: Emoderm ou loção anti mosquito da Johnson
Fralda: Pampers e Turma da Monica, tamanho M
Sapatos: Tamanho 18. Usa muito melissinha, mocassin e sandalinha.
Cor preferida: Acho que é rosa.
Programa de TV: Sid, cientista e Backgardigans
Música: Abertura do Backgardigans e Brasil, do Cazuza, cantanda por Gal Gosta. (Ela ama a abertura da novela Vale Tudo, para pra dançar)
Brinquedo: Mônica que canta e dança.
Lugar: colo da mamãe
Comida: Purê de inhame
Bebida: Suco de laranja e melancia
Atividades: Dançar, sacudindo o corpo; levantar se apoiando nas coisas; dar pequenos passos de lado se apoiando nas coisas; engatinhar rumo aos lugares e objetos mais perigosos.
Gracinhas: Faz bichinho; faz bfrruuuu, cuspindo pra tudo quanto é lado; mexe o dedinho indicador fazendo 'não'; bate palminha; tosse desesperadamente pra chamar a atenção das pessoas.
Vocabulário: Está cada vez mais vasto, porém indefiníveis. Entendemos: 'mamã', 'dadá', 'nenê'
Acidentes: Tem se tornado frequentes, nada de grave. Toda hora é um tombão, cai de cabeça, fica de olho roxo. Mamãe quase se descabela. Haja gelo.
Outros: Dorme às 21 horas, mas acorda de madrugada. Mama de 6 da manhã até às20:30. Não sei até que ponto é mamação ou chupeitação. Ando o caco, se não fosse os corretivos e bases faciais, não sei o que seria de mim. Olha para o pai como se ele fosse a última bolacha do pacote. Recusa o colo dos outros pra ficar no colinho da mamãe, nem precisa dizer que fico toda boba.

Hoje, Ana tirou o CPF e vovó Cleo abriu uma caderneta de poupança. Minha filha está virando gente!
 
A Túnica da Ana