quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Algumas peculiaridades

Acontecem coisas hilárias aqui em casa devido a nossa rotina com a Ana. Algumas delas:
- Eu nino a Ana na sala. Enquanto ela adormece, eu navego na internet ou assisto TV bem baixinho. Antonio fica no escritório trabalhando. Por isso, para eu me comunicar com ele, uso o msn. É proibido falar alto a noite.

- Antonio faz muitas palhaçadas pra Ana, por isso, quando ela o vê, fica muito agitada, começa a rir e fazer barulhinhos com a boca.

- Um dia, deixei a Ana com Antonio e fui fazer algumas compras. Quando cheguei, ele estava com ela no trocador rindo muito. Segundo ele, ela só parou de chorar no trocador e ainda me mostrou que dava um brinquedo a ela, enquanto estava entretida com o brinquedo, ele a chamava e ela tomava um susto e largava o brinquedo. Ele fez isso várias vezes e em todas ela largava o brinquedo assustada. Mostrou-me isso morrendo de rir.

- Eu estava amamentando, de repente, apareceu uma barata. Antonio a matou e, como sempre fez (antes da Ana nascer), fingiu voltar com a barata morta pra jogar em mim. Eu levei um susto e Ana largou o peito assustada, armou um beição (ela sempre faz isso quando se assusta e vai chorar, é muito engraçada). Eu o chamei pra ver o que ele tinha feito. Caímos na gargalhada e ela ficou nos olhando sem saber se chorava ou se sorria.

- No mesmo dia em que eu tinha saído pra fazer compras e a deixei com Antonio, quando eu voltei, notei que havia um mijão (calça de pé) pendurado no carrinho, estranhei. Depois perguntei porque aquela peça estava no carrinho e ele me respondeu que havia colocado o mijão na cabeça na tentativa de entretê-la.

-Eu estava comendo Danone de chocolate e Ana ficou me olhando. Eu sujei o beicinho dela com Danone, ela lambeu e fez cara feia. Ainda bem, porque, aqui em casa, quase disputamos a tapa um potinho de Danone.

-A primeira gargalhada da Ana foi com Antonio. Ele dançando de forma endoidecida a música "Carneirinho, carneirão". Eu não filmei e socializei porque o meu marido tem um nome a zelar como profissional no meio virtual.

-Às vezes, fico enlouquecida de manhã: de um lado, Ana resmungando querendo mamar, de outro, os gatos miando pedindo comida.

- Troco a fralda pela manhã ao som de "A galinha pintadinha" (já sei de cor e salteado)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pequenos visitantes

Ilustração de Daniel Santiago - www.danielsantiago.com

O quarto da Ana foi carinhosamente projetado, costumo dizer que é o melhor cômodo da casa. Já postei aqui sobre ele. Tem um janelão que dá para o quintal, um quintal que não frequentamos, muito bem arborizado com jambeiro, coqueiro, limoeiro e por aí vai, além de um galinheiro desativado. É claro que num lugar desse, a presença de toda espécie de seres vivos é certa. Além dos gatos que aparecem, já vimos cobra, rã e toda sorte de insetos , aracnideos e moluscos.
Aonde eu quero chegar com essa explanada introdução? Acho que é isso mesmo que você está pensando: esses bichinhos costumam visitar o quartinho da minha filha. Já deparei-me com abelhas várias vezes (elas adoram a casinha de abajur), marimbondos, gongolos, mosquitos, moscas, bezouros, arainhas e aranhões...
Não costumamos matar os bichos (depende do grau de periculosidade), então, Antonio prontamente os pega com carinho e os manda de volta para o quintal.
Eles entram pela fresta da janela, mesmo com todo asseio no ambiente. Já não ponho mais o tapete de atividades no chão do quarto e estou receosa de deixá-la dormir no quarto durante a noite.
Não quero nem pensar essa menina engatinhando ou andando pelo quarto e encontrá-la com algo vivo na boca (blergh).
Pensei em colocar uma tela na janela, mas não tenho idéia de como farei isso. Aceito sugestões.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A uma mãe

Apesar de toda situação triste que é a doença e falecimento de um filho, a mãe esteve sempre confiante, não nos médicos, não em si mesma ou na plena recuperação, mas em Deus. A sua fé permaneceu firme. Mesmo com a partida do seu pequeno, ela mostrou-nos confiança de que foi feita a vontade de Deus, pois é Ele que governa as nossas vidas.
É claro que essa mãe está triste e vai sentir falta do seu filho, pra sempre. Mas ela está confortada por saber que ele está com Deus e feliz. Essa certeza a consola.
A essa mãe, um abraço aconchegante e que Deus a fortaleça todos os dias.

Eu conheci uma super mãe



Eu tinha reparado que vários blogs usam esse selinho criado pela Thais, mãe do Paul, além de ler vários comentários de mães mencionando outras que se acham super mães, de mulheres radicais em relação ao parto normal e por aí vai. Assim como o chupa cabra, a mula sem cabeça e o saci pererê, eu sempre ouvia falar, mas nunca vi nenhuma mãe com essas características. Ficava me perguntando: "que mães perfeitas são essas que criticam as outras? Eu nunca vi". Até que, ontem, achei um blog de uma super mãe.
Ela é contra a cesárea , contra a chupeta e mamadeira; seu bebê aprendeu a rolar com dois meses, já adormece sozinho com cinco meses, só mama no peito, sempre dormiu a noite toda, só acordando uma vez na madrugada, no primeiro mês de vida e o mais interessante: seu parto foi em casa, sem anestesia, coisa mais linda de se ler o relato, confesso.
Segundo a super mãe, as outras dizem que são capazes de morrer pelos seus filhos, mas na hora do parto amarelam, que os bebês sofrem horrores num hospital, ao nascerem, ficam como animais em zoológico, onde seus pais tem que olhá-los pelo vidro do berçário, ao invés de tê-los nos braços. As outras mães são cruéis demais porque permitem tantos procedimentos nos bebês ao nascerem num hospital. Se a super mãe for linda, magra, rica e ainda usar produtos sustentáveis como as fraldas de pano, aí, minha gente, eu me rendo, acho que dou a Ana pra adoção a ela (nuncaaaaaaa). Não dá pra competir, né. Eu só espero que nossas filhas nunca se encontrem na mesma escola, já pensou :
Super filha:
Eu nasci de parto natural e você não.
Ana: O que é parto natural?
Ana em casa: Mããeeee, você me ama??? Então porque teve que tomar anestesia pra eu sair, por que deixou que me colocassem num berçário sozinha??

Aff, estou lascada. Pra piorar, acordei hoje com uma baita dor na lombar de tanto carregar e amamentar minha filha no colo. Imaginem minha auto estima como está.
Eu já vi discussões sobre tudo nessa vida, mas nunca ia imaginar que tinham radicais do parto normal, natural e da cesárea, das defensoras do com ou sem chupeta, de quem é a favor de amamentar no peito mesmo que o leite tenha secado e por aí vai...
Bom, cheguei a uma conclusão, vou procurar o endereço e telefone da super mãe e perguntar se ela não aceita prestar serviços de babá aqui em casa. Seria ótimo.
Brincadeiras a parte, a super mãe disse ter aprendido a enxergar o mundo de outra forma após ser mãe; eu, como mãe, aprendi a ser mais tolerante. Essa coisa de ser responsável por uma vida, amá-la totalmente, tentar fazer o melhor o tempo todo e ainda ser criticada pelas suas decisões não é pra super herói, não. O super exterminaria seus opositores. Nós, humanas, ouvimos, engolimos, choramos, brigamos e tocamos em frente porque nossos pequenos humanos estão contando conosco, por isso, nem temos tempo de vermos as falhas dos outros.

domingo, 24 de outubro de 2010

Domingo

O domingo foi bem agitado pra mãe e filha. Ana participou do primeiro encontro de crianças na igreja, foi toda cuti cuti, de vestido de cerejas, tiara na cabeça combinando e sandalinhas nos pés, pena que não deu pra tirar foto. Bom, esse encontro de crianças começou às 9 da manhã. Achei que não daria pra ir, porque só temos acordado depois das 10 horas. Por isso, tive uma conversa séria com a Ana, no trocador: "Minha filha, hoje você vai dormir cedo, porque amanhã o encontro será às 9." Ela sorriu e o pai disse "até parece que ela está entendendo." Ela dormiu às 22:30 e acordou um minuto antes do relógio despertar. Foi ótimo!
A tarde, fomos passear a beira da lagoa. Pena que o tempo não estava muito legal, ventava muuuiitooo, por isso, ficamos pouco tempo e partimos para o sorvete. Ana ficou a maior parte do tempo dentro do carro, ela estava muito cansada (eu também). Ana já dormiu e eu estou indo.

Ana e vovó Cleo


Ana e mamãe

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Passeio

Dando continuidade ao episódio de ontem, em que a Ana foi dormir às duas da manhã, o resultado foi que só acordou às 8 pra mamar e depois seguimos dormindo até meio dia. Que horror, eu nunca gostei de acordar tarde assim. Ana está com hábitos de frequentadores de rave e viciados em internet, mal sabe o que é um sol, o frescor do dia. Por isso, resolvi fazer um passeio a pé com ela. Como precisava ir à farmácia e comprar alguns legumes, levei-a pra passear. Não sei aonde foi parar meu sling de argola, com essas viagens à casa da minha mãe. Por isso, resolvi pôr em prática os cinco metros de pano que comprei pra essa finalidade. Peguei a dica do Wrap Sling no blog da Débora, mãe do Vicente, vale a pena dar uma olhada aqui . Achei interessante, pesquisei sobre a segurança e resolvi usar hoje. O resultado foi ótimo: primeiro que a Ana ficou bem grudadinha no meu corpo, segundo que o peso fica bem distribuído e terceiro que a Ana adorou. A maneira que eu amarrei o tecido ficou parecendo uma blusa, não sei se interfere em algo. Mas, deu super certo. Ana pegou sol na cara, vento e muita poeira, acho que isso faz bem. Amanhã repetiremos o passeio. Ah, só um detalhe, o passeio foi feito no final da tarde, quando o sol estava mais fraquinho. Pretendo transformá-la numa moça de família do interior e tirá-la desse hábito de badaleira de cidade grande que acorda meio dia.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Que dia!

São duas horas da manhã, eu acabei de fazer a Ana dormir. A quarta-feira foi pirada, não sei porque. Acordamos as 10 horas, descobri que o telefone e a internet não funcionavam, tive que ligar para Oi fazer o reparo. Coloquei-a no tapete de atividades, tomei café, falei com o marido pelo telefone e cuidei dos gatos. Achei que ela ficou muito tempo no tapete, tirei-a antes de reclamar. Ana mamou, mas não dormiu, esquentei a comida rapidinho, almocei mair rápido ainda, ao som dos resmungos da Ana. Tentei fazê-la dormir, mas nada; eu precisava arrumar a sala e o quintal. Até que ela tirou um cochilo as 15 horas, aproveitei pra estender as roupas lavadas e limpar o quintal. Depois disso, ela acordou. Fiquei brincando no sofá, ela adora fazer 'rema, rema, remador', dancei com ela, era só gargalhadas. Eu estava exausta (e a sala desarrumada). Liguei a TV e fiquei com ela no colo assistindo um filme, cochilei e resolvi colocá-la no carrinho, mesmo contra a sua vontade, deitei no sofá e fiquei segurando a chupeta dela no carrinho, até que, eu e ela adormecemos. Acordei as sete da noite, logo depois, ela acordou também, dei-lhe banho e comecei com a saga do sono. Eita noite longa! Ela adormeceu as 20 horas, aproveitei e limpei a sala, arrastei móveis, tirei poeira, aspirador e tudo o mais. Depois de eu ter terminado, ela acordou, mamou, dormiu, acordou, mamou, dormiu, acordou, dormiu, acordou... Só foi dormir pra valer agora, as duas da matina. Estou um caco. O que me consome é que eu fico com ela o dia todo, sem a ajuda de ninguém. Então, eu tenho que fazer almoço, arrumar casa, lavar roupa e cuidar da Ana. Eu me planejo pra fazer uma coisa por dia, não dá pra fazer tudo num dia só (óbvio). E aí, no final do dia, abro meus e-mails e me deparo com uma porção daqueles textos em power point dizendo como a mulher é forte e inteligente, ela faz tudo sozinha: cuida dos filhos, da casa, do marido e dela. Eu só lamento a situação das mulheres que passam por isso, que não tem a ajuda de outras pessoas pra dar conta da casa, dos filhos, dos bichos, do marido não porque ele pode se dar conta sozinho. Não concordo com esses textos prontos. Eu não sou uma super mulher, sou apenas uma pobre que não tem grana pra contratar uma outra mulher pra fazer os serviços domésticos e que ainda tem que chegar em sua casa e cuidar dos seus, assim como eu. Não consigo ver heroísmo nessa vida de mãe dona de casa.
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Agradeço as opiniões sobre o chororô da Ana. Depois de hoje, se são dentes a nascer, serão como os de elefante; se são picos de crescimento e desenvolvimento, será como uma jogadora de basquete com a inteligência de Einstein.

Daniele, estaremos aí no dia 31.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Saindo com o bebê

Sair com um bebê é uma grande saga e aventura. Você nunca sabe o que te espera, qual será a reação do bebê naquele dia, os obstáculos que terá que enfrentar. É como acampar, você tem noção do que terá que levar, como agir, tem que levar em consideração o clima, mas na hora H, tudo pode acontecer. Aventura puraaaa!
Eu saio muito com a Ana, por necessidade mesmo. Foram raros os momentos que saí por puro passeio. Como só eu que dirijo na família toda e só eu que tenho o alimento da Ana, só dá eu. No início, eu achava interessante a aventura, mas agora cansa. Penso dez vezes antes de sair de casa com ela. Tenho que levar em consideração o horário, na possibilidade de alguém ficar com ela ( na maioria das vezes, só o pai no horário de trabalho), na viabilidade de uma companhia e na prioridade da saída.
Pra sair sozinha com ela, eu preciso de: cadeira bebê conforto; duas trocas de roupa, uma de frio outra de calor; pelo menos quatro fraldas; pano de boca; pomada e lenços umedecidos; sling; e carrinho, se necessário; ahhhh, uma roupa que seja prática para amamentar fora de casa.
Se eu usar o sling, tenho que tirá-la do bebê conforto, colocá-la no sling. Na volta, tira do sling, põe no bebê conforto e mais cintos e cintos de segurança.
Agora, quando a viagem é longa, só saio acompanhada. Nunca imaginei que fosse usar tanto o kit de malas que comprei para a maternidade. A dica é: para viagens, leve sempre o dobro de roupas necessárias para o bebê. Já fiquei craque em arrumar e desarrumar malas da Ana. Outros itens importantes são medicamentos básicos como sorinho para o nariz e Tylenol bebê (que eu espero nunca precisar usar). Ainda tem os itens menos importantes (menos para uma mulher e sua filhinha cuti cuti) como fivelas para os cabelos, lacinhos, perfume e, pelo menos, dois pares de sapatos que combinem com a maioria das roupas que você pôs na mala.
Eu sempre ouvi muita gente criticar as mães que levam bebês para o shopping. Ora, o melhor lugar para se passear confortavelmente com um bebê é num shopping. Tudo bem que tem o fato de ser um lugar fechado, com muita gente, mas é um dos poucos lugares onde dá pra andar com carrinho, sem dificuldades de buracos, meiofios ou carros; além de que, no shopping se concentra uma gama de possibilidades para se comprar e comer e, o principal, você tem onde trocar e alimentar o bebê, confortavelmente. Tirando o Baixo bebê , no Leblon, não conheço outro lugar, ao ar livre, no Rio,onde se tenha conforto pra se passear com um bebê. Aliás, falta-nos espaços para passeio. Em Maricá, tem a Lagoa de Araçatiba e algumas praças, mas tem que se chegar de carro, desembarcar carrinho pra passear. Em caso de trocar ou alimentar o bebê, não existem lugares adequados.
Quanto a andar de ônibus com um bebê, ainda não tenho experiência. Imagino que deve ser mais complicado do que com carro. Se alguém tiver alguma experiência pra contar, por favor, socialize.
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Algumas considerações:
A Ana me deu um mega cansaço hoje. Anda enjoada, chorando muito, além de ter dormido muito pouco durante o dia. Esperei ela dormir (às 23 horas) pra eu fazer o almoço de amanhã e vir escrever no blog. Passei boa parte do dia com ela no colo, aproveitei pra ler todas as atualizações dos blogs que sigo, só não consegui comentar. Fiquei doida pra comentar, tantas coisas interessantes...
Quanto o chororô da Ana, estou observando se vai continuar, pensei na possibilidade de dentes, como me alertaram, mas a acho tão novinha pra dentes. Tirando o fato que ela puxa o bico do meu seio com a gengiva e fica olhando pra mim, observando a minha reação (dóóóiiii), não tem mais nenhum sinal de que dentes estão despontando.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eu tenho vergonha

Estava adiando esse post, mas o assunto não sai da minha cabeça, é algo que está engasgado dentro de mim. A cada dia que passa, eu tenho mais vergonha de ser brasileira, de ter nascido nesse país.
Eu não consigo ter orgulho nenhum de viver aqui. As atitudes, a cultura do jeitinho e do 'se dar bem a qualquer preço' me enoja. Depois do resultado das últimas eleições, fiquei ainda mais pasma ( eu não aprendo mesmo). Como podem eleger candidatos que são declaradamente corruptos, assassinos, chantageadores, criminosos?
Mesmo com o nome dos elementos no rol da ficha suja, eles conseguiram a maioria dos votos. Que vergonha!
Falta ao povo cultura política. Definitivamente, a gente não sabe votar. Vota-se de qualquer jeito, muitas vezes na teoria do 'pelo menos ele fez alguma coisa pelo povo'.
Eu sempre estive certa de que daria a minha filha uma educação política, desde criança. Não digo orientá-la em quem votar ou acreditar (se é que isso é possível), mas ensiná-la o que é política, que está além de homens engravatados e mulheres de terninhos, passa pelas relações no nosso dia a dia e, principalmente, está relacionada com ética, compromisso e luta por aquilo que se acredita. Sem mais...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Boneca de louça

Passei num brechó (o dono da loja não gosta que chame de brechó) aqui em Maricá no intuito de ver se tinha algumas roupinhas ou brinquedos pra Ana. Os produtos veem dos Estados Unidos de navio, quando chegam, é uma festa, vou correndo na loja pra ver o que tem de novidade. Por exemplo, um tapete de atividades da Fisher Price, de segunda mão sai por 60 reais, por exemplo. Pois é, deparei-me com essa boneca de porcelana, achei linda, diferente, lembrei da história da minha avó, que só se casou com seu primeiro marido porque ele a prometeu uma boneca de louça, ela só tinha 14 anos. Comprei a boneca pra decorar o quarto da Ana. É claro que não a deixarei brincar com a boneca (que maldade). Depois, olhando bem, pensei: será que ela não ficará com medo da boneca? A noite, no quarto escuro, essa boneca com os olhos fixos nela... . Bom, qualquer coisa, eu fico com a boneca pra mim, pronto, fica no meu quarto, se eu conseguir dormir, é claro...hehehe

domingo, 10 de outubro de 2010

Sobre colo


Eu sempre amei segurar bebês no colo, quando via algum de alguém conhecido, ficava doida pra segurar, apesar de não ter coragem de pedir. Hoje em dia, amo segurar minha filha no colo, mas tem hora que cansa. Fico torcendo pra chegar alguém aqui em casa pra ficar um pouco com ela, nos momentos em que é necessário um colinho, assim eu consigo fazer outras atividades domésticas.
Não me importo das pessoas pegá-la no colo, gosto de ver minha filha em outros ângulos, interagindo com gente. Sempre achei fundamental o bebê estar no colo de outras pessoas, pra socializá-la desde cedo. É claro que sigo alguns critérios: estranhos, crianças e adolescentes, Ana dormindo, nem pensar.
Um dia desses, uma conhecida veio me visitar e eu lhe entreguei a Ana, porque sei que ela adora segurar bebês. Ela ficou meio sem graça e perguntou se podia mesmo; eu disse "claro que pode".
Teve uma vez que fui ao salão, num raro momento, fazer minhas unhas. Em cima da hora, Antonio não pode ficar com ela em casa e eu tive que levá-la. Enquanto a manicure fazia os pés, eu coloquei ela pra dormir e amamentei, pra que não tivesse problema pra fazer as mãos. Quando chegou no momento de fazer as mãos, Ana começou a chorar na cadeirinha. Uma moça, que foi fazer o cabelo, casada a pouco e sem filhos, se ofereceu pra segurá-la. Eu deixei, não tinha jeito. Apesar de ser estranha, não me opus pela situação e pela sensação boa que senti na moça. Ela ficou toda feliz de segurar a Ana no colo e, volta e meia, passava em frente ao espelho pra se olhar segurando o bebê. Na hora de ir embora, a moça confessou que estava doida pra segurá-la um pouco, que adorava bebês. Eu sei bem o que é isso, também sempre gostei.
Pra terminar: um dia, minha mãe conversava comigo numa fila para o elevador, me dizia que eu deveria deixar a Ana chorar um pouco, pra que ela não ficasse acostumada a ficar só no colo. Minha mãe perguntou a opinião de uma moça que estava na nossa frente e ouvia a conversa, a moça disse que não concordava, que esse momento que o filho fica no colo passa tão rápido que deveria ser aproveitado, enquanto os filhos estão perto de nós e que podemos pegá-los e encostá-los ao nosso corpo, que depois de grandes, íamos sentir saudade de tê-los tão próximos o tempo todo. Achei que a fala daquela moça resume e explica bem "essa coisa do colo".

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pediatra e renovação da licença

Esse início de mês está bombando. Ando cheia de coisas pra resolver e o pior é que é tudo ao mesmo tempo.
A Ana foi ao pediatra nessa semana. Eu estava preocupada porque encomendei a vacina pneumocócica no particular e não chegou, ou seja, ela não tomou com 2 meses. Qual não foi minha surpresa, fiquei sabendo que tanto a pneumocócical, quanto a meningocócia passaram a ser disponibilizadas na rede pública, a partir dessa semana. Que bom, vou economizar uma grana.
Ela está com 6 kg e medindo 58 cm. Tirei muitas dúvidas com o pediatras. Uma delas foi em relação de em caso de emergência, pra onde correr, aqui em Maricá. A resposta dele não foi surpresa pra mim: em Maricá não tem um lugar seguro, tenho que ir à Niterói, a cidade mais próxima, cerca de 1 hora, sem engarrafamento. Espero nunca passar por um aperto.
Gostei muito desse pediatra, ele é muito atencioso, não tem pressa, examina o bebê todo, além de ser muito carinhoso com seus pacientes.
Ontem, fui na prefeitura do Rio dar início a minha licença aleitamento. Pra isso, você tem que levar uma declaração do pediatra dizendo que você amamenta ou amamentar na frente do médico da biometria. Levei a declaração do médico, mas tive que levar a Ana também, obviamente, porque, como ela mama no peito exclusivamente, não tinha como não levá-la. Fui logo atendida, por estar com ela. A médica pediu que eu amamentasse e eu lhe disse que tinha levado a declaração do médico, a médica disse que não precisava. Ora, mesmo que você leve o documento do médico, você precisa levar o bebê, já que ele só mama no peito. Bom, de qualquer forma, coloquei ela pra mamar, pra não haver dúvidas, além de entregar a declaração. Está mais do que provado que a Ana mama só no peito.
Aproveitei pra me informar sobre o salário família (25 reais por mês) e o auxílio natalidade. Não dei entrada porque não levei a original da certidão de nascimento (ô cabeça).
Na saída, começou a ventar muito forte, a Ana ficou no colo do pai e se assustou bastante com aquela ventania toda, coitadinha, além de ter perdido o laçarote mais bonito que ela tinha.
Uma novidade, ela tem dormido bem no carrinho ao lado da minha cama.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

3 meses/ casa da avó/ presentes

Ana fez três meses no dia primeiro. Não teve festinha e nem deu pra eu postar no dia, pois eu estava na casa da minha mãe, onde a única internet disponível é a 'banda larga' disponibilizada pelo governador e que mal se consegue abrir a página Google, de tão lenta. Por isso, deixei para postar quando chegasse em casa.
Passamos o mesversário no shopping. Eu fui ao Rio por causa das eleições e porque tinha médico marcado, como a minha médica desmarcou, fiquei no shopping o dia inteiro, com o objetivo de começar minha repaginada, comprar algumas coisas novas, tudo pra mim. Porém, fui logo entrando na C&A e me deparei com uma porção de vestidinhos e conjuntinhos lindos para bebês e enlouqueci, comprei muuuita coisa pra Ana.
A Ana está muito pesada, não rola mais ficar muito tempo com ela no sling, muito menos no colo solta. Aluguei um carrinho no shopping e resolvi comprar outro carrinho pra ela. Que maravilha passear com um bebê no carrinho (meus braços e coluna agradecem).
Na casa da avó, onde residem 12 cachorros, 4 gatos e 4 adultos, a Ana saiu da rotina , no primeiro dia deu um show pra dormir. Eu acabo fazendo papel de chata porque fico pedindo que não a estimulem a noite, que ela não vai dormir e tal, mas ninguém me levou a sério, até ela fazer escandâlo pra relaxar e dormir. Depois do primeiro dia, o pessoal começou a acreditar que essa parada de superestimulação a noite é séria. Hoje, nosso primeiro dia em casa, após a visita na casa barulhenta da vovó, a Ana está mais calma pra dormir.
Como é a única criança, neta e sobrinha na família, ganhou muitos presentes. Presentes que ela só vai curtir quando estiver maiorzinha, mas ninguém resiste. Ganhou da avó e dos tios uma Mônica que canta e dança, uma graça, uma boneca bebê que tem uma mamadeira que avisa que o bebê está com fome e que precisa arrotar, além de um tatuzinho com rodinhas nos pés. O avô deu um carrinho de pilha que anda, abre as portas, acende luz, o legal é que sai dessa mania de que meninas não podem brincar de carrinho. A avó paterna deu um novo kit berço, cheio de bonequinhas e frufrus. A menina está cheia de brinquedos e a mãe pensando aonde vai guardá-los.
Nos últimos dois dias, a Ana está chorando muito pra mamar, pede mama toda hora, ainda não captei o que está acontecendo. Se alguém tem uma opinião, por favor...
Quanto aos avanços, estão rápidos demais, já tenta pegar as coisas, levar a boca, reclama se a colocam deitada no colo, quer participar de tudo, além de querer bater altos papos.
 
A Túnica da Ana