terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre ter um blog e outras coisas

Eu sempre achei chato essa coisa de blog. Na minha cabeça, era todo mundo querendo dar uma de escritor, escrevendo banalidades. Cheguei a fazer um sobre boas maneiras, mas era satirizada, do tipo, regras de boas maneiras no banheiro, na aula de balé, na hora de comprar pão, essas coisas. Acabei desistindo, não conseguia atualizá-lo sempre.
Porém, agora, estou totalmente amarrada nessa coisa de blog, leio todos que eu sigo e ainda fico na expectativa de um próximo post.
O meu blog foi feito com o objetivo de deixar para a Ana uma espécie de diário sobre o início da sua história, além de deixar notícias aos amigos distantes (que eu sei que lêem, apesar de não comentarem). Adoro quando algum conhecido me diz: "Estou acompanhando o blog da Ana".
Quanto aos blogs que eu sigo, eu adoro todos, me divirto, me identifico, sofro e rio com as mamães daqui. Gostaria de comentar muito mais do que comento. Mas, na maioria das vezes, o momento que eu leio, a Ana está mamando ou tentando dormir no meu colo.
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Estou contando as horas para chegar amanhã. Meus pais vem pra cá, pra voltarem comigo na quinta, pois ainda não me sinto segura de viajar de carro sozinha com a Ana. Devo ficar até segunda que vem, não sei ainda, mas estou cheia de planos. Eu amo ficar perto dos meus pais e irmãos.
Sexta, Ana faz 3 meses, ainda não sei se vai ter mesversário, pois estaremos longe do pai, fica meio sem graça faltando uma parte da família.
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Ganhei meu primeiro selinho da Débora, a mãe do Vicente. Fiquei muito feliz, sinto-me oficialmente fazendo parte da blogosfera...hehee










Tenho que listar 10 coisas que eu amo e indicar 10 blogueiras. Então, vamos lá:
O que eu amo:
1- Deus
2- Minha família (incluindo a bicharada)
3-Doces
4- Ler
5-Artes
6- Treinar kickboxing
7- Comer e conversar
8- Viajar
9- Massagem
10- Feiras de artesanato

Indico para:
1-A mãe da Olívia
2-A mãe da Júlia
3-A mãe da Nina
4- A mãe do João Pedro
5- A mãe da Ana Clara
6- Isabela
7- A mãe do Pedro Henrique
8-A mãe do Luis Augusto e da Sara
9-Thalita
10-Renato

sábado, 25 de setembro de 2010

Detalhes (algumas considerações)

Primeiro quero agradecer os comentários da Camila, da Fá, da Nat e da Amanda. Amei saber as opiniões de vocês, me ajudou muito a voltar à Terra...ehhehe
Deixarei esse post pra fazer algumas considerações desses quase três meses da vida da Ana, dos nossos usos e costumes:
Essa semana foi a apresentação oficial da Ana com os cachorrinhos. Foi uma cheiração só, mas logo depois eles dispersaram. Ela ficou olhando, sem saber bem o que eram aquelas pipocas peludas. Os gatos já foram apresentados, mas foi muito sem graça, nem eles 'enxergaram' bem a Ana e nem ela deu muita bola pra eles. Temos que fazer um novo encontro.
Ainda não usamos o carrinho. Ganhamos um, de um outro bebê, mas ainda não tive tempo de lavá-lo. Cada vez, tenho sentido muita falta do carrinho, pra fazer caminhadas e passear pela rua.
O sling tem sido uma mão na roda, só consigo resolver as coisas na rua quando ando com ele. Ontem brincamos de sling, testei todas as possíveis posições de carregá-la, a Ana adorou.
Continuo usando algodão e água pra limpar a Ana. Haja algodão, mas sai muito mais barato e eu já estou craque na quantidade em cada troca.
Usamos demais o bebê conforto, não só no carro, mas em casa também. Sugiro que mesmo as mães que não tem carro, compre um, é muito útil.
Ana já está nas fraldas M. Começou essa semana. Usa a Total Confort da Pampers a noite e a Supersec durante o dia.
Já perdeu muitas roupinhas. Macacões então, nem se fala. Está usando roupas P e M.
Ela tem muitas presilhas de cabelo, principalmentes as tic tacs. Queria pôr mais tiaras de pano, com laçarotes, mas sempre caem de seu cabeção (ela puxou a mãe).
Praticamente, só está usando dois sapatinhos: uma sandalinha lilás e um tênis rosa. Pretendo comprar mais.
Ana tem dois pares de brincos, mas só está usando o de pedra rosa. Mês que vem, já posso trocá-lo, mas tenho medo de não acertar colocar o outro.
Pra finalizar, Ana tem me surpreendido a cada dia com suas atitudes, mas deixarei esse assunto para um próximo post.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desabafo

Culpa. Essa nasce junto com as mães. Alguém disse isso.
Eu me sinto culpada o tempo todo, mesmo que as coisas corram bem. Será que estou fazendo certo? Acho que quanto mais leio sobre bebês e sua criação, mais me desespero. Eu queria que a Ana aprendesse a dormir sozinha, colocá-la no berço e ela dormir. Aí, comecei a ler a respeito e vi que não é tão simples assim, até porque o berço aqui em casa, todo fofinho, cuti cuti tem espinho, farpa ou sei lá o que. Eu sei que tem que tentar, tentar, tentar, até o bebê aprender, mas tem que ter paciência e saco. Como diria a 'encantadora de bebês', eu estou cheia de 'paternidade acidental'. Adormeço a minha filha no peito, nino com chupeta no meu colo, durmo com ela. E aí, dizem na literatura sobre psicologia de bebês que está tudo errado. Aff!!
Como minha mãe fez comigo, com os três filhos dela? Ela não lembra. Está aí uma desvantagem de ser mãe velha, demora tanto a ter um filho que sua mãe já não lembra mais quando você era bebê. Além das dores nas costas e cansaço que sinto.
Eu adoro rotina, reconheço a necessidade, mas não tenho saco pra estabelecer uma, forçar pra moldar, sabe?!
Lembro que tinha uma turma do sétimo ano (antiga sexta série) que eles chegavam para minha aula, após o recreio, muito agitados. Então, eu ensinei a eles a relaxarem por um minuto antes da aula, fazendo silêncio absoluto. Se a turma toda conseguisse ficar em silêncio por um minuto, esse tempo ia aumentando nas outras aulas e que, além disso, eles iam ter mais facilidade de assistir minhas aulas. Deu super certo, eles adoravam o desafio. Mas tinha dias que eu não estava com paciência de esperar eles relaxarem, fazerem silêncio, essa coisa toda. Então, eu começava logo a aula. Eles me cobravam o tempo de silêncio ( a rotina que estabeleci para as minhas aulas) e eu dizia: "Hoje não vai ter não". Que horror! Eu fazia tudo errado.
Enfim, quero o melhor para a minha filha, por isso, tenho que sofrer, ter paciência e ver o que é melhor. Se considero o fato dela dormir sozinha uma boa e que isso será bom para a sua segurança como pessoa, tenho que tentar. Mas é cansativo pacas você pôr um bebê no berço e ele chorar, chorar, chorar e você ter que acalmá-lo, e ele chorar, e o marido interferir e a sua coluna doer...
Pronto, desabafei. Quem quiser comentar, esteja a vontade, só não me critica, pois já carrego culpa demais.
Um comentário final: fui no Google procurar uma foto que expressasse uma mãe desesperada. Encontrei tanta desgraça...: mães desesperadas meeessmooo, que nem vale comentar os motivos aqui, de tão horríveis. Depois dessa busca "googleana", desisti de pôr uma foto e achei que meu desespero nem é tão grave assim.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mãe e filha

Eu e Ana temos uma ligação que eu nunca imaginei que poderia existir. Tudo começou lá no ventre, duas pessoas habitando o mesmo corpo, isso é mágico. Tem o lance da amamentação, que além do alimento passado de mim pra ela, ainda tem os olhares que trocamos durante o ato, sem contar a passagem dos meus hormônios para ela, nos primeiros dias de nascida.
Conversamos durante a troca de fralda; dormimos abraçadinhas; ficamos juntas 90% do dia.
Sabe quando pegamos a mania de uma pessoa que passamos a conviver diariamente? Pois é, volta e meia, eu bocejo sem pôr a mão na boca, algumas vezes, na frente das pessoas (ai ,que vergonha), de tanto ver a Ana fazer o mesmo.
Outra coisa interessante é que, algumas vezes, sinto o que ela sente, como cólica, sono, fome.
Apesar da separação inevitável, acho que essa ligação ,que temos agora no início ,nunca vai ser anulada.

sábado, 18 de setembro de 2010

O sono da Ana


Tudo que tem a ver com sono de um bebê me interessa. Tenho lido muito a respeito. Só agora fui entender essa coisa da estimulação. Que quanto mais o bebê fica estimulado, pior é o sono dele, principalmente a noite. Então, eu comecei a fazer uma retrospectiva dos melhores e piores momentos do sono da Ana, quando ela era recém nascida. A pior noite dela foi no dia dos pais, em que saímos para almoçar e ela dormiu a tarde toda, acordou no início da noite, mas depois dormiu novamente. Lembro que a levei à igreja comigo, fiquei fora cerca de uma hora e voltei às 20:30 e lhe dei um banho. Aquela noite foi complicada.
A melhor noite foi num dia em que recebemos visitas rápidas durante o dia, dei-lhe um banho no início da noite e bastante mama, fomos à igreja pela primeira vez, depois do seu nascimento. Ela pediu pra mamar durante o culto, saí com ela, ela mamou e dormiu de novo rapidamente. Lembro que nesse dia, ela dormiu bem a noite toda, devia ter uns 20 dias de nascida. Detalhe, a pior noite aconteceu bem depois da melhor noite.
Atualmente, consigo identificar os horários de sono dela, tanto que me organizo baseada nesses momentos. O que tenho observado é que a Ana é do barulho, ela dorme bem com barulho e movimento. Costumo ir à igreja no período da noite, nesse momento ela dorme. Fico preocupada dela estar dormindo num ambiente de movimento e barulho. Tudo bem que a igreja que vou não tem gritaria, nem muito movimento, é tudo muito calmo, mas as pessoas cantam e falam. Quando chegamos em casa, ela continua dormindo, acorda entre às 21 e 22 horas, depois disso, só dorme meia- noite ou 1 da madrugada. Fica esse período da noite super acesa, sem chorar. Isso estava me incomodando muito, por isso, resolvi ficar uns dias sem ir à igreja pra regularmos isso. Pra minha surpresa, não houve muitas mudanças, pelo contrário, ela acordou muito mais vezes durante a noite e a falta de sono a partir das 22 horas continuou.
Ontem a noite, foi o ápice,: ela dormiu durante o dia, dormiu no início da noite e depois, nada de sono. Sempre preparo o ambiente para ela perceber que aquele é o momento do sono, mas a menina ficou acesa até 1:30 da madruga. Eu deitei com ela, eu dava leves cochiladas e ela continuava acordada, olhando para o teto e dando gritinhos e fazendo 'agu'. Chamei o pai para me ajudar, foi aí que ele a ninou e ela dormiu até às 7, mamou e dormiu até às 11 horas, como sempre faz. Conclusão, com exceção da madrugada, ela só dorme bem quando se tem barulho e conversa. Se for um ambiente silencioso, ela tem dificuldade de relaxar.
O detalhe nisso tudo é que ela dorme na minha cama, o que chamam de cama compartilhada. Eu nunca gostei dessa coisa de filho dormir sempre com os pais, condenava direto, até me tornar mãe. É muito bom dormir com a Ana, além de que, ela dorme bem durante a noite. Mesmo assim, não pretendo dormir com ela por muito tempo, a minha intenção é acostumá-la com o berço, no quartinho dela. Isso me preocupa porque sei que não será fácil. Só relaxei com essa coisa de cama compartilhada porque muitas mães me confortaram em relação a isso. O interessante é que quem não é mãe, assim como eu anteriormente, não vê com bons olhos a cama compartilhada; mas quem é mãe acha super normal e ainda me olham com aquela expressão de cumplicidade, de que sabem muito bem o que é o sono de um bebê.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Licença maternidade e licença amamentação

Várias pessoas me perguntam que raios de licença é essa a minha que durará um ano. Pra entender tem que partir do começo. Eu sou professora da rede pública, aqui no Rio, uma matrícula na prefeitura do Rio de Janeiro e uma outra do estado do Rio. A tal licença de um ano é da matrícula do município. A do estado durará nove meses, seis meses de licença maternidade e mais três meses de licença amamentação. Já a do município são quatro meses de licença maternidade e trinta dias de licença amamentação, a serem prorrogadas por até oito meses, caso a servidora esteja amamentando. Ou seja, a partir de outubro, terei que ir à prefeitura provar, todo mês, que estou amamentando.
Não citarei nomes porque estamos em época de eleição, mas acho fundamental esse prazo, tempo suficiente para o bebê se esbaldar com o leite materno. Pra mãe então, nem se fala.
Vou aproveitar esse período pra organizar minha vida. Eu trabalho cerca de 200 km da minha casa, não dá pra ir e voltar no mesmo dia, sai caro em dinheiro e tempo. Por isso, tenho que ficar na casa da minha mãe nos dias em que eu trabalho. Agora, imagine isso com uma filha. Já pensei nas inúmeras soluções, todas possuem falhas. A matrícula do estado ainda dá (teoricamente) pra transferir pra perto de casa, mas a do município complica, já que trabalho numa cidade e moro em outra.
Volta e meia, acordo na madrugada aos prantos pensando nessa situação, por isso, procuro não pensar muito.
Agora, ficarei de mês em mês provando à prefeitura que Ana mama no peito, por isso, farei de tudo pra que isso ocorra. Isso me lembrou o filme Olga. Tem uma cena em que Olga força sua filha, Anita, com cerca de um ano de idade, a continuar mamando no peito, pois essa era a maneira de não a separarem da filha, pra sempre. Eu sei que estou exagerando, mas, pra mim, quando voltar a trabalhar, vai ser um pouco assim, separação da minha filha. A vantagem é que não é pra sempre.
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Agradeço muito a opinião de todas as mamis sobre o banho do bebê. Passei a dar banho direto na Ana, colocando-a na banheira e começando pela cabeça. Estou meio sem jeito, mas daqui a pouco acostumo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O banho


Ana toma banho sempre às 18 horas. Tiveram alguns dias em que saímos e ela voltou muito suada e, por isso, tomou dois banhos, um a tarde, pra tirar poeira (e como Maricá tem poeira) e calor ( a menina sente muito calor) e a noite, tomou outro, pra relaxar. Mas isso não é regra, a maioria das vezes, ela toma só um banho no final da tarde.
Quando ela nasceu, eu lhe dei o primeiro banho em casa. Enchi a banheira com a água do chuveiro e mandei ver. Depois fui saber que em recém nascido se dá banho com água filtrada, aí, passei a dar banho com filtrada. Mas quando voltamos pra nossa casa, essa coisa de água filtrada acabou, já que não ia ter condição de usar um galão de água a cada dois dias. Como nossa caixa d'agua é novinha, passei a dar banho com água do chuveiro mesmo. Bom, se não deu problema com dias de vida, não seria com mais de um mês que iria dar, né?!
Eu dou banho como aprendi: seguro-a nos braços e lavo primeiro a cabeça e o rosto, depois, tiro a roupa, a fralda e aí sim, a coloco na banheira. Mas esse método está cansando, porque a menina está ficando muito pesada, e demoro pra lavar a cabeça por causa da cabeleira. Será que tem necessidade de continuar dar banho assim? Se alguém conhecer outro método, por favor, me avise.
No início, usava o sabonete glicerinado pra bebê da Granado no corpo inteiro, mas o cabelinho dela estava embaraçando muito, então, resolvi lavar com um xampu pra bebê do Boticário (presente do vovô). Morri de medo de dar algum tipo de alergia, mas não, deu super certo. Além dos cabelos ficarem com um cheirinho suave, ficaram muito macios e mais brilhosos.
Eu sempre encho a banheira até a metade pra ela se sentir mais confortável submersa na água. Ah, um detalhe, a água tem que estar morninha pra fria, se esfriar ela não gosta e me olha com raiva...hehehe. Depois do banho, faço uma leve massagem com óleo e hidratante Johnson, mas tem que ser rápida, porque ela não é muito fã de massagem. Depois, vem a fralda, que ela adora.
Um detalhe curioso é que a Ana não gostou da experiência do balde, ela se segura na borda e faz força com as pernas pra ficar em pé. Uma vez, fiz quase um ofurô, água morna, gotas de sabonete líquido, a menina fez um escândalo. Definitivamente, ela não é chegada a essas paradas de relaxamento, massagem, musiquinha ambiente.
No geral, a Ana adora tomar banho, acho que é mais pela interação que temos nesse momento. Eu canto uma musiquinha que fiz pra ela e aí, o momento fica divertido.

domingo, 12 de setembro de 2010

Passeio de domingo

Lagoa de Araçatiba no final da tarde


Mamãe e Ana 1

Mamãe e Ana 2 - eu cantando a musiquinha dela


Mamãe e Ana 3


Papai e Ana


A minha gostosa fotografada pelo pai


Algumas fotos tiradas no nosso passeio de hoje. Aproveitamos pra almoçar fora e depois passar a tarde a beira da lagoa de Araçatiba, aqui em Maricá. Terminamos o passeio tomando muuuito sorvete. Apesar de não aparecer nas fotos, vovó Cleo estava presente.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Futuro

Eu não páro de pensar no futuro e tenho certeza que no futuro não pararei de pensar no passado. Gosto de lembrar de bons momentos, desejá-los de novo, como foi o nascimento da Ana, a gravidez, tudo tão bom...
Eu fico imaginando como será a Ana, fisicamente e na personalidade. Vejo uma moça e fico pensando: "será que a Ana será assim?" Ao mesmo tempo, dá um medo dos momentos difícieis, em que ela vai sofrer por estar apaixonada, por algo que falarem pra ela, essas coisas da vida. Aí, vejo que essa coisa de ser mãe é muito difícil, tenho medo de ser mãe, é isso. Pôr um filho no mundo e ter que vê-lo passar por momentos difícieis. Ao mesmo tempo, sei que isso é necessário, não dá pra proteger o filho do mundo, senão ele não cresce, mas é duro. Hoje, fui passar um algodão com óleo no pescoço da Ana, estava muito irritado por causa do calor, ela chorou de forma sentida, chegou a engasgar, quando fui ver, em uma das dobrinhas estava fissurado, tinha sangue. Coitadinha da minha filha, ela sentiu dor quando passei o algodão, deu muita dó. Definitivamente preciso de terapia pra ser mãe, senão, acho que vou pirar com tudo isso.
Mudando um pouco de assunto, mas dentro do tema futuro, fico imaginando todos os bebês que nasceram esse ano, que as mães têm blogs. Agora, vemos diferenças de idades, uns tem 4 meses, outros 1 mês, outros acabaram de nascer. Daqui a quinze, vinte anos, essas diferenças não existirão, serão todos nascidos em 2010. Provavelmente, não se conhecerão ou, quem sabe, se encontrarão sem saberem que suas mães dividiam experiências entre si. Adoro pensar nessas coisas, de como a vida é mágica.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Amamentação

Acho que é a segunda vez que falo do tema, mas também é o que eu mais tenho feito.
Eu nunca parei pra pensar sobre amamentação, quando estava grávida, achava o tema chato, não me interessava em ler nada sobre o assunto. Até que uma amiga me apresentou uma outra amiga que me orientou a fazer um curso com uma pediatra especialista em amamentação e eu fiz. Foi a melhor coisa que eu fiz.
Como eu não tinha noção do que era amamentar, nem das dificuldades, o que ela passou pra mim era o que eu deveria fazer. Bom, entre tantas coisas, ela falou que o bebê nasce com uma reserva de alimento que não o deixa passar fome nos primeiros dias; de que eu não teria leite nos primeiros dias, só colostro; que o leite só viria se eu estimulasse através da sucção do bebê; que cada vez que o bebê chorasse, eu desse o peito; que pra amamentar bem, eu deveria estar descansada e nada de estressada ou preocupada; que o bebê não nasce sabendo mamar, tem que aprender; que ele deveria acertar a pegada, senão teríamos problemas; que evitasse usar mamadeiras, pois isso poderia atrapalhar a amamentação. Ou seja, eu fui para a maternidade com essas orientações e mais nada. Em nenhum momento achei que não conseguiria. Logo que ela nasceu, o pediatra a colocou em cima de mim pra mamar, foi muito rápido. Três horas depois do parto, a trouxeram pra mamar pra valer, a colocaram no meu peito e ela foi mamando. Depois ficou por minha conta. Eu não dormia no hospital, era o tempo todo dando mama, ela chorava, eu dava o peito, doeu um pouco no início, mas logo passou e assim foi em casa também. Em nenhum momento achei que ela poderia estar passando fome, mesmo chorando o tempo todo e eu dando mama. No segundo dia, uma enfermeira me perguntou seu eu não queria dar um complemento ao bebê pra que eu conseguisse descansar um pouco, mas eu não aceitei. Eu fiz isso tudo porque me ensinaram assim, eu não tinha noção nenhuma sobre o que é amamentar, a não ser pelo curso que fiz.
Outra orientação que recebi é que a amamentação deve ser algo prazeroso, você deve amamentar fazendo algo que gosta, seja ouvindo música, vendo um filme, lendo um livro ou qualquer outra coisa. E foi o que fiz , desde o início.
Eu sempre via as mães se trancando no quarto pra dar mama para o bebê e pensava de como aquilo, sempre, poderia ser chato. Eu sou muito agitada, gosto de fazer várias coisas ao mesmo tempo e com a amamentação é a mesma coisa. Eu amo dar mama sentada na poltrona, olhando pra ela, mas o tempo todo não dá. Então, eu costumo dar mama lendo um site, uma revista, um livro, vendo tv, batendo papo, até cozinhando já dei, mas foi só uma vez, não faço mais porque acho super perigoso. Enfim, dar mama se tornou algo natural demais entre nós, a Ana já conhece bem o caminho das pedras pra achar sua fonte de alimento, ela pega até comigo dormindo. Só acho chato ter que dar mama na rua, mas dou; às vezes, andando, com ela no sling. Pra sair, tenho que pensar nas roupas que vou vestir, testar se tem como colocar os peitos pra fora pra ela mamar, levar um pano pra cobri-los e assim vai.
Pelo jeito, e assim espero, viverei assim por mais quatro meses. Mês que vem acaba minha licença maternidade e começa a licença amamentação. Tenho um ano pra ficar com ela e colocar tudo nos eixos.
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Estou a um tempão pra por aqui os meus agradecimentos a todos que comentam no blog, me dão conselhos, babam a Ana junto comigo. Obrigada mesmo e continuem comentando.


Imagem: Foto de 1992, índia guajá amamentando um filhote de porco selvagem. Foto de Pisco Del Gaiso.

sábado, 4 de setembro de 2010

Aquela cabeleira e aqueles olhos azuis

Quando saio com a Ana na rua, sou parada o tempo todo por pessoas impressionadas com a cabeleira e os olhos azuis da Ana. Certa vez, uma moça que vendia balas na rua veio me oferecer balas só pra ver os cabelos da Ana, nem esperou eu dizer que não ia comprar a bala, olhou para a Ana e comentou com a outra: "Como ela é cabeluda!" E saiu andando.
Outra vez, foi no mercado, a mulher se aproximou para ver os cabelos e quando se deparou com os olhos, chamou uma amiga pra ver e mandou essa pra mim: "Cuidado com essa menina, pra não roubarem ela."
É um tal de 'benzadeus' pra lá, 'benzadeus' pra cá.
Eu como mãe, sou suspeita pra falar. Mãe sempre acha o filho bonito e bebês seeempre são fofos e bonitos.
Ana nasceu cabeludona, os cabelos eram arrepiados e lisinhos, pensei que fossem cair, mas não, cresceram mais, os cabelos dela são maiores que o meu. Quando molho seus cabelos, eles enrolam e a tendência é eles ficarem bem enroladinhos. Eu torço por isso. Na verdade, eu sempre falei para o Antonio que torcia para que a nossa filha nascesse com o cabelo enroladão, estilo Vanessa da Mata e Negra Li, pra meter uns mega laçarotes nela. Ele nem gosta de ouvir essa possibilidade, mas eu acho que a Ana terá um cabelo intermediário, tipo Patricia França. O legal no cabelo dela é que dá pra brincar com presilhas, mas eu ainda não tenho muita prática, é complicado pentear um bebê, o cabelo é fininho, a cabeça é frágil e nem sempre ela gosta dessa frescurada toda.
Quanto aos olhos azuis, muita gente me pergunta de onde vem esses olhos se nem eu, nem meu marido temos olhos claros. Tudo bem que tem bisa, tios avós com olhos claros, mas são parentescos distantes. Eu tenho quase certeza que os olhos dela vão escurecer, devem ficar castanhos claros. Ela é muito pequena pra garantir que a cor dos olhos não vão mudar.
O que chama atenção é que ela é morena e tem os olhos claros. Isso dá um colorido na menina.
Pra mim, ela é linda, fofa e gostosa de qualquer maneira: carequinha, cabeluda, olhos claros, olhos castanhos. Eu só espero e farei o possível para que ela seja uma pessoa feliz, honesta e que respeite as pessoas e a natureza. Fica meio piegas falar isso, mas meus desejos são piegas mesmo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

(Quase tudo) Sobre a mãe da Ana

Acho que nunca escrevi um post só sobre mim. Não que esse seja (não consigo ficar sem falar da minha bichochinha linda), mas escreverei um pouco mais.
Está claro que eu estou numa nova fase da minha vida, que é a de mãe. Sempre sonhei em ser mãe, mas talvez não deixava transparecer isso, pois muita gente que me conhece há tempos, veio me visitar grávida ou após o nascimento da Ana, porque não conseguia acreditar que eu um dia estaria no papel de mãe. Mas isso sempre estava no meu projeto. Essa imagem errônea talvez seja pelo fato de eu ter demorado a casar e de não ter tido tantos namorados. Antes de conhecer o Antonio, eu estava numa fase muito boa, solteira, sozinha, independente e feliz. Frequentava círculos culturais, malhava, lutava kickboxing, saía com as amigas. Até que conheci o Antonio e minha vida mudou. Mudei de cidade e de vida. Dois anos depois de casar, fiquei grávida e minha vida está mudando mais ainda. Eu sempre imaginei em como educaria um filho, o que faria e o que não faria. Imaginar o rostinho do(a) meu (minha) filho(a) era difícil, pra mim, ver o rosto de um filho seria algo mágico.
Bom, cá estou, dois meses como mãe.
Aproveito o momento pra mencionar o meu fit. Antes de casar, eu era uma exímia esportista, corpinho malhado, barriga tanquinho e tudo mais; casei, a coisa degringolou, parei de fazer esportes e a comer bastante, engordei 10 quilos, ano passado, resolvi voltar aos esportes e a fazer uma dieta nos Vigilantes do Peso, emagreci bem e aí, descobri a gravidez; como enjoei muito no ínicio, emagreci mais ainda. Resumindo, engordei 9 quilos na gravidez e depois do parto, voltei ao peso anterior. Sou uma bem aventurada, né?! Mais ou menos, na verdade, falta-me vergonha na cara, pois, ao invés de eu manter o peso e gozar da minha bem aventurança, estou comendo como uma avestruz. E não me venham falar que é por causa da amamentação! Tudo bem, a minha fome triplicou, mas não significa que eu deva matar a fome com bobagens e doces, e é isso que estou fazendo. Vou me controlar, preciso me controlar. Ano que vem, em janeiro, volto para a natação, eu e a Ana.
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Acabou que não fui viajar. Fiquei com medo de pegar a estrada sozinha com a Ana, ainda não estou preparada.
Ana tomou as vacinas dos dois meses. Graças a Deus não teve nenhuma reação, eu estava preocupada com essas reações. Bom, está dormindo o dia todo, será que isso é reação? Não sei.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pediatra

Hoje, a Ana foi na consulta do pediatra de Maricá. Até então, só tinha ido em consultas no Rio, num pediatra que escolhi aleatoriamente no livrinho do plano e acertei. O daqui de Maricá, eu peguei referências e pretendia ir numa consulta antes do nascimento dela, mas não deu. Só ouvi uma crítica dele de uma conhecida, pois ele só recomenda leite materno nos seis primeiros meses. Isso não é problema.
Enfim, gostei do consultório, um lugar arejado e calmo, o pediatra foi muito atencioso e me explicou várias coisas, não estava com pressa, examinou a Ana toda. Ela agora está com 56 cm e 5 200 kg. Esse mês tem as vacinas chatinhas, que podem dar febre, além da pneumocócica, essa só é disponível na rede particular e custa uma grana. Mas, fazer o que, é o tipo de coisa que pago com prazer.
No final da consulta, Ana foi elogiada, está muito bem. Isso soa como música para os meus ouvidos. Aliás, pra qualquer mãe.
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Amanhã, iremos para o Rio, diga-se, eu e a Ana. Estou com um medinho, pois nunca viajei sozinha pra longe com ela. A minha insegurança é ter engarrafamento e ela chorar, por isso, vou num horário sem muito trânsito. Espero que dê tudo certo. Na volta, vou carregar alguém comigo, ou meu irmão, ou minha mãe, não sei.
É muito chato morar num lugar e sua vida estar em outro. Difícil resolver isso. Ainda bem que pra Deus nada é impossível.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

2 meses - mesversário

Hoje Ana faz dois meses. Quantas mudanças já dão pra perceber, é incrível como o bebê se desenvolve em tão pouco tempo.
Ela nos reconhece, quando nos vê dá um sorriso e faz gu. A impressão que dá é que faz o gu porque sabe que nós gostamos. Se conversamos com ela, dá gargalhadas. Outra coisa interessante é que fica olhando para as próprias mãos, fica um tempão sozinha olhando pra mãozinha.
A fisionomia também está mudando, está menos inchada, o nariz parece que diminuiu de tamanho, os olhos estão mais claros (apesar de eu achar que vão escurecer com o tempo), os cabelos cresceram e estão enrolando mais e está ficando mais moreninha. Nessa foto tirada hoje, ela tinha acabado de tomar banho, os cabelos estão úmidos, por isso estão enrolados, ela fica uma graça.
Agora, percebo que ela tem horários. Acorda às oito, mama e dorme até as dez, acorda, mama e dorme até meio-dia, é a hora que tiro pra fazer almoço. Depois tira sonecas durante o dia. Após o banho às 6 da tarde, ela mama e dorme até umas nove horas. Depois disso, só vai dormir depois da meia-noite. Eu fico acabada seguindo esse ritmo.
Está usando muitos vestidinhos, lacinhos e outras frescurites de menina. Eu amoooo.
Amanhã será a primeira consulta com o pediatra novo aqui em Maricá.
 
A Túnica da Ana