terça-feira, 20 de julho de 2010

Medo de perder

Está cada vez mais difícil escrever no blog. Tenho tantas coisas pra registrar sobre essas quase três semanas, mas a menina suga toda a minha atenção pra ela. Oww delícia!!
O assunto desse post é meio down porque trata de medo e de perda.
Eu sempre quis ser mãe, mas me passava pela cabeça a apreensão constante da possibilidade de perder um filho. Acho que não suportaria. A gente tem medo de perder qualquer "pessoa" querida, pais, irmãos, amigos, bichos de estimação, mas filho, deve ser inimaginável.
Ontem, eu conversava com o Antonio e ele me disse: Essa idade da Ana é a melhor das idades, a mais segura, ela está conosco o tempo todo. Complicado é quando ela começar a viver a própria vida, nós não teremos mais sossego.
Mas esse medo de perder é em qualquer época, desde o momento que sabemos da gravidez, ficamos preocupadas de algo dar errado. Eu tinha medo de perder nos primeiros meses. Nos últimos meses, havia a apreensão da hora do parto, de algo dar errado. Lembro que minutos antes dela nascer, a médica foi ouvir seu coração e não achava o local. Ela sempre encontrava rápido, mas dessa vez, deve ter ficado uns cinco minutos procurando as batidas do coração. Eu fiquei em pânico, não querendo pensar no pior. Mas, a dificuldade era devido a posição que o bebê estava e o alívio de ouvir seu coração foi um bálsamo naquela hora.
A gente pensa que o medo de perder termina depois que o bebê nasce. Ledo engano. Toda hora olho pra ela no berço pra ver se está tudo bem, se está respirando. Às vezes acho que essa apreensão terminará quando ela estiver grandinha e não ter mais o perigo de regurgitar, bronco aspirar, sufocar... Mas não, essa apreensão (ou medo) nunca vai acabar, agora é pra vida toda. Ela pode estar com sessenta anos e eu, se ainda viver, ficarei apreensiva de algo acontecer com a minha filhinha.
É claro que, esse medo não é constante, não fico o dia todo pensando nisso. Mas ele ronda, fica escondido dentro da gente e se manifesta em alguns momentos, que mesmo remotos, existem e sempre existirão.
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Mudando muito de assunto. A Ana está cada dia mais fofa. Já percebo algumas mudanças de atitudes, nesses vinte dias de vida. Fez o teste do pezinho, da orelhinha, agora só falta o do reflexo vermelho. Graças a Deus, está tudo normalissimo com ela.
Fomos ao hospital para a enfermeira furar a orelha. Agora, de brinquinho, ela fica com cara de menina. Já que, várias pessoas olhavam pra ela e pensavam que era um menino. Não que ela tenha jeito de menino, mas é porque estava com uma roupa de cor neutra ou sem enfeitizinho nos cabelos.

Um comentário:

Prill disse...

Agora, de brinquinho, ela fica com cara de menina. Já que, várias pessoas olham pra ela e pensam que é um menino. Não que ela tenha jeito de menino, mas é porque estava com uma roupa de cor neutra ou sem enfeitizinho nenhum nos cabelos

hahahaha que linda fala de mãe!!
minha querida, estou radiante por você, ainda mais agora sabendo notícias fresquinhas. te adoro e já adoro a Ana. daqui de mim praí em você, só os melhores desejos e pensamentos. lembranças constantes.
também quero uma!!

beijo duplo!

 
A Túnica da Ana