quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sim, o meu parto foi normal

Há tempos estou querendo escrever esse post. É uma espécie de desabafo depois de ouvir tantos comentários sobre o meu parto.
Eu decidi pelo parto normal pra não ter que decidir absolutamente nada. Penso que, se não houve nenhum risco na minha gravidez, o normal seria o normal e ponto. Não pensei nas dores que teria e nem na posição que estaria. Eu só pensei no meu bem estar e no bem estar do meu bebê. Tive uma obstetra excelente que, apesar de viver com o consultório cheio em que a maioria de suas pacientes são atendidas por planos de saúde, ela faz parto normal. Várias vezes cheguei ao consultório e a secretária avisava que a médica ia se atrasar ou ia ter que se ausentar por um tempo porque tinha que fazer um parto. Eu menciono isso porque sabemos que o médico que atende pelo convênio tem mais lucros se faz cesárias, além da comodidade de marcar os partos sem correr o risco de comprometer seus outros afazeres.
Que fique muito claro que não sou defensora de tipo de parto nenhum. Aliás, antes de engravidar, nunca tinha parado pra pensar sobre isso. Não condeno quem opta pelo parto cesárea nem louvo quem tem parto normal. Ninguém é melhor ou pior pelo tipo de parto que faz. Inclusive, até sugeri a minha GO a marcar uma cesárea caso o bebê chegasse as 41 semanas.
E por que estou escrevendo tudo isso? Porque fui e sou criticada por algumas pessoas por ter feito parto normal. Fui chamada de louca, corajosa, super mulher. Alôõô!!!!! Estamos no século XXI e apesar de ser um ato tão primitivo, parir por parto normal, em um hospital, tem acompanhamento de vários médicos, inclusive um anestesista (se você preferir, é claro) e de vários recursos. Mesmo assim, se parir naturalmente faz parte da estrutura de um ser humano, por mais 'primitivo' que seja esse ato, ele é natural e todo mundo é capaz de passar por ele.
Meu parto foi normal, com oito de dilatação me aplicaram a anestesia e em menos de dez minutos minha bebê nasceu. Foi um momento mágico pra mim porque participei do nascimento dela. Aliás, dependia de mim para que ela nascesse, pois a médica não fez absolutamente nada, só ficou esperando. Não me arrependo do parto normal. A dor das contrações são radicais, mas depois que o bebê nasce você esquece de tudo, é capaz de querer passar por tudo de novo. Quanto a posição 'constrangedora' que temos que ficar para o nascimento do bebê é o de menos em tudo. No parto, você esquece de você mesma, só pensa no bem estar do seu bebê e fica embevecida quando vê que o seu bebê nasceu, é como se entrasse num transe natural. Difícil de explicar.
A minha recuperação foi ótima. Algumas horas depois do parto, levantei-me, cuidei do meu bebê, subo e desço escada, posso dirigir, levanto da cama com o bebê no colo, mesmo tendo que forçar meu abdomen e meu corpo já foi para o lugar, mesmo sem usar cintas modeladoras.
Se precisasse fazer outro parto normal, faria. Se precisasse fazer uma cesárea, faria. Não contrario nenhum tipo de parto.
Foi necessário escrever tudo isso pra que fique bem claro que estou muito bem, não perdi minha dignidade por ter sentido dor ou ter parido minha filha de forma natural.
E tenho dito!

Um comentário:

Fabíola disse...

Amiga, é assim mesmo. O povo gosta é de criticar, sentar no próprio rabinho e apontar os rabos alheios.

Pra vc ver q o negócio é criticar...criticam vc q optou por PN e eu q optei por PC. Esse pessoal n tem nem fundamento p/ falar p/ vc sobre posições e etc, no PC eu fiquei por várias vezes em posições constrangedoras tb, na hora de colocar a sonda e em mtas outras.

Aperte a "tecla" FODA-SE e vamos que vamos rsrs.

Bjs amiga!

 
A Túnica da Ana